quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Design digital

Meu primeiro contato com um software gráfico foi com um equipamento da Lectra Systems, um CAD francês para desenho, logo substituído por uma lerda potente máquina DX4-100 com Corel 4 e o Photoshop genérico Photopaint. Pois é, no começo, a vontade era largar o mouse e fazer tudo manualmente, tal a dificuldade em fazer com que o software fizesse o que você queria. Mas como talento e teimosia não só andam de mãos dadas como provavelmente são casados, aos poucos conseguimos nos dar bem - eu e os softwares.
A maioria aprendi sozinho - os cursos vieram depois.
O domínio destes softwares nos leva à especialização, dentro de nosso trabalho. Mas especializar-se não é deixar de evoluir, refugiando-se numa maneira mais confortável, segura e previsível de fazer as coisas. A especialização pode ser a manifestação máxima da liberdade dentro dos limites, a partir do momento que passamos a conhecer tão bem aquilo que fazemos que somos capazes de nos mover com tranquilidade, criatividade e ousadia dentro dos espaços físicos ou conceituais que cada trabalho oferece.
Para conquistar essa liberdade, precisamos dar em troca muita qualidade, porque assim teremos confiança para saber e demonstrar que os resultados que oferecemos são adequados. Essa segurança se adquire com tempo, experiência, paciência e uma avaliação de nossos limites.
Temos a oportunidade agora de escolher o melhor software para executar determinado trabalho, ampliando as soluções para determinado problema. Estas soluções são tantas quanto são os bons profissionais e é nesse ponto que percebemos que o resultado de um trabalho é também o reflexo de nossos próprios limites naquele momento, seja na competência como no sentido de interesse e estilo.
O pior limite é aquele que nós mesmos impomos à criatividade!

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