Meu primeiro contato com um software gráfico foi com um equipamento da Lectra Systems, um CAD francês para desenho, logo substituído por uma
lerda potente máquina DX4-100 com Corel 4 e o
Photoshop genérico Photopaint. Pois é, no começo, a vontade era largar o mouse e fazer tudo manualmente, tal a dificuldade em fazer com que o software fizesse o que você queria. Mas como talento e teimosia não só andam de mãos dadas como provavelmente são casados, aos poucos conseguimos nos dar bem - eu e os softwares.
A maioria aprendi sozinho - os cursos vieram depois.
O domínio destes softwares nos leva à especialização, dentro de nosso trabalho. Mas especializar-se não é deixar de evoluir, refugiando-se numa maneira mais confortável, segura e previsível de fazer as coisas. A especialização pode ser a manifestação máxima da liberdade dentro dos limites, a partir do momento que passamos a conhecer tão bem aquilo que fazemos que somos capazes de nos mover com tranquilidade, criatividade e ousadia dentro dos espaços físicos ou conceituais que cada trabalho oferece.
Para conquistar essa liberdade, precisamos dar em troca muita qualidade, porque assim teremos confiança para saber e demonstrar que os resultados que oferecemos são adequados. Essa segurança se adquire com tempo, experiência, paciência e uma avaliação de nossos limites.
Temos a oportunidade agora de escolher o melhor software para executar determinado trabalho, ampliando as soluções para determinado problema. Estas soluções são tantas quanto são os bons profissionais e é nesse ponto que percebemos que o resultado de um trabalho é também o reflexo de nossos próprios limites naquele momento, seja na competência como no sentido de interesse e estilo.
O pior limite é aquele que nós mesmos impomos à criatividade!